SEMANA DO TRABALHADOR RURAL 
Pele queimada do sol, corpo suado e mãos calejadas. Pessoas fortes, persistentes e batalhadoras. Essas são algumas das características atribuídas aos trabalhadores rurais ou agricultores familiares. Eles são grandes responsáveis pela colocação do alimento na mesa da população do país e, como forma de honrá-los, desde 1964, o dia 25 de maio é considerado o Dia Nacional do Trabalhador Rural.
Visando homenagear tal força de trabalho que representa de maneira ímpar o município de Itaguara, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, produziu uma série de conteúdos que retratam o dia a dia de uma importante atividade rural desenvolvida na região, a produção de rapadura. O produto reverencia todas as pessoas que dedicam seu tempo trabalhando nas zonas rurais, de maneira que envolve diversos processos produtivos como o plantio, o cozimento e a moldagem.
A produção artesanal utilizando a cana-de-açúcar é uma importante tradição cultural de Itaguara, constitui-se como uma atividade de grande relevância econômica e social para as famílias de pequenos produtores rurais do município. As famílias mantém o modo tradicional de produção, passada de geração para geração, de modo que cumprem todas as etapas de fabricação deste produto, do plantio da cana até o comércio da rapadura.
A rapadura começou a ser fabricada no Brasil ainda no século 16, na época em que foram construídos os primeiros engenhos de açúcar, estes, movidos à água ou tração animal. Naquela época, o doce foi visto como um alimento prático de ser transportado devido a sua resistência à umidade e seu alto valor nutritivo e energético. O nome rapadura, uma variação de "raspadura" (originada do verbo raspar), originou-se da raspagem dos tachos em que se produzia o açúcar.
Nas terras correspondentes ao atual município de Itaguara, há relatos da produção deste alimento já em fins do século 18. Na Fazenda Cachoeira, localizada no povoado dos Costas, região da Bútua, uma grande unidade de processamento de cana-de-açúcar produzia cachaça, açúcar mascavo e rapadura, com o uso de vasta mão de obra escravizada. Hoje, restam suas ruínas, conhecidas como Engenho Velho.
São produzidos diversos tipos de rapadura, desde as tradicionais às saborizadas. A produção de rapadura artesanal é um importante elemento econômico, cultural e simbólico do nosso município, é fruto do encontro cultural de diversos grupos, de elementos culinários que se fundiram durante séculos e carregam características históricas e culturais das pessoas que fizeram da nossa região seu ambiente de vida.
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